Um dos primeiros jogos Pokémon era tão bom que a Nintendo proibiu-o

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O tiro saiu pela culatra: há mais de 20 anos, um pequeno estúdio de desenvolvimento causou uma grande impressão na Nintendo, mas ainda havia problemas

Pokémon é, de longe, a franquia multimédia de maior sucesso financeiro do mundo.

Por isso, não é de admirar que os detentores dos direitos estejam relutantes em abandonar a marca. Mas a Nintendo fez isso mesmo há 24 anos e acabou por se arrepender. Um YouTuber desenterrou agora a história bizarra

Um caso claro de abuso de autoridade

Estamos no ano 2000, o lançamento no cinema do segundo filme Pokémon (neste paísPokémon 2 – The Power of One) está iminente e a Nintendo diz:Hey, vamos fazer alguma publicidade!

A Nintendo estava provavelmente à espera de pijamas, copos e bebidas com gás – mascertamente não de um videojogo Pokémon!

A Warner Bros. achou que era uma óptima ideia encarregar a então desconhecida empresa de softwareCyberworldde fazer exatamente isso. Afinal de contas, para que é que têm os direitos?

Mas preferes ver do que ler?Também podes ver tudo o que te vamos contar em forma de vídeo no canal do YouTube DidYouKnowGaming – foi lá que ouvimos esta história pela primeira vez, honra a quem honra é devida (começa no minuto 10:50):

A Cyberworld tinha pouca experiência com videojogos até à data, mas especializou-se na criação de ambientes virtuais 3D para centros comerciais – e isso viria a compensar.

Porque a tecnologia interna de apresentação de sprites 2D num ambiente tridimensional permitiu criarum jogo de browser Pokémon tecnicamente impressionante.

Pokémon 2000 Adventureera o nome do jogo e, em termos de gráficos, estava muito à frente de muitos outros títulos contemporâneos de monstros de bolso, como as edições para Game Boy.

Na altura, os jogos 3D oficiais só existiam sob a forma de Pokémon Stadium e Pokémon Snap. Diz-se que o jogo de browser também impressionou em termos de jogabilidade para a época. Este é o aspeto que tinha na altura:

Pokémon 2000 Adventurerapidamente se tornou num mega sucesso:Um milhão de downloads em apenas um mês – e de repente a diversão acabou.A Nintendo desligou o jogo de repente porque suspeitava de uma quebra de contrato.

Até hoje, no entanto, a verdadeira razão não foi claramente comunicada. Um dos criadores da altura recorda o que pensa ter acontecido no vídeo acima:

Lançámos [o jogo] e, no espaço de um mês, tivemos cerca de um milhão de downloads […] E depois a Nintendo passou-se e enviou-nos imediatamente uma carta de cessação e desistência. […] Na opinião deles, a Warner Bros. tinha violado o contrato – basicamente, tinham excedido o âmbito permitido do contrato.

Assim, parece que a Nintendo estava a agir com a lei do seu lado. É bem possível que a empresa tenha receado que o sucesso do jogo de browser tivesse levado o futuro do franchise numa direção que não era pretendida pelos responsáveis.

Não é de admirar que a Nintendo não tenha conseguido aguentar uma piada. E mais uma razão pela qual os detentores de direitos de grandes marcas estão tão relutantes em abdicar da sua licença